Ingredientes
Surtido de animais de caça (10 peças)
6 preservativos XXXL
2 Dentes de Alho
Azeite q.b.
Queijo Parmesão q.b.
Surtido de animais de caça (10 peças)
6 preservativos XXXL
2 Dentes de Alho
Azeite q.b.
Queijo Parmesão q.b.
Tire o cú da cama antes do sol nascer, e tente esquecer o facto de ser Domingo e de estar com uma ligeira ressaca de whisky barato.
Vista a sua roupa de caça e antes de sair, coma duas claras de ovo, que lhe darão a energia necessária para uma manhã de sucesso.
Verifique se as espingardas e pressões de ar estão bem calibradas e faça-se à estrada, rumo a um qualquer monte alentejano. Para se lhe incutir na perfeição o espírito de um dia de caçada, coloque no leitor de cassetes o concerto das Divas do Pimba ao vivo no Pavilhão Municipal de Ponte de Lima. À terceira música, vai ficar com uma insaciável vontade de matar tudo o que mexe.
Chegando ao local da caçada, procure um esconderijo que o deixe fora do campo de visão das vítimas: coelhos, perdizes, javalis, patos bravos, pardais, codornizes.
Dedo no gatilho, e bota milho. Tudo o que mexer tem que ser seu. E lembre-se: a piedade é o pior inimigo de um caçador. Se tiver um bonito coelho albino na mira da sua espingarda e lhe vierem à tona sentimentos lamechas, lembre-se da música “Mãe, eu te amo mais do que à minha filha”, música-hino do FPC (Festival Pimba de Corroios). Dois segundos depois, o coelho albino não vai parecer tão fofo com uma chumbada bem no centro das fuças.
Deve conseguir pelo menos umas dez peças de carnes variadas. Já as tem? Reúna-as num saco de plástico de grandes dimensões, e dê-lhe um nó, tentando retirar-lhe o ar do interior. Siga para casa!
No caminho de volta, oiça uma boa ópera de Verdi, para descomprimir.
Chegado ao lar, guarde o saco com os animais que ai jazem em local fresco e seco. Durma umas horas.
Nota do Chefe: É possível que venha a ter pesadelos com o pequeno coelho albino a correr em slow motion pela pradaria ao som do hit acima mencionado. São ossos do ofício. Adiante...
No dia seguinte, dirija-se à farmácia mais próxima e adquira uma caixa de preservativos. Especifique à farmacêutica de serviço que deseja os maiores do mercado, tentando ostentar uma cara de macho bem dotado. Agradeça piscando-lhe o olho e corra para casa.
Retire as carcaças do saco e disponha-as sobre a mesa da cozinha. Tudo o que tiver bico e patas afiadas é para cortar. Só a chicha interessa. Quando todas estiverem neste ponto, abra a caixa dos preservativos, e um por um, vá enchendo com um surtido de bicharada, até ficarem bem recheados. Para acondicionar as carnes correctamente, de quando em vez pegue numa das extremidades do preservativo e arremesse-o com pancadas secas contra a parede. No final, acrescente em cada preparado um fio de azeite , uma rodela de paio e uma pitada de sal. Dê um nó duplo, de modo a que os impedidores de procriações fiquem perfeitamente fechados e guarde-os numa caixa metálica de biscoitos.
A caixa deverá ser mantida debaixo de uma luz de halogéneo durante três a quatro meses, altura em que as carnes estarão no ponto para ir ao lume.
Regue uma sertã com um fio de azeite, dois dentes de alhos partidos e frite os preservativos. Quando estes começarem a dar sinais de que vão explodir a qualquer momento (surgirão enormes bolhas de plástico ao longo de toda a sua superfície) retire-os e polvilhe com queijo parmesão ralado.
Sirva com arroz branco e certifique-se que não leva à boca nenhuma porção do anti-contraceptivo, sob pena de falecer intoxicado nos minutos seguintes.
Vista a sua roupa de caça e antes de sair, coma duas claras de ovo, que lhe darão a energia necessária para uma manhã de sucesso.
Verifique se as espingardas e pressões de ar estão bem calibradas e faça-se à estrada, rumo a um qualquer monte alentejano. Para se lhe incutir na perfeição o espírito de um dia de caçada, coloque no leitor de cassetes o concerto das Divas do Pimba ao vivo no Pavilhão Municipal de Ponte de Lima. À terceira música, vai ficar com uma insaciável vontade de matar tudo o que mexe.
Chegando ao local da caçada, procure um esconderijo que o deixe fora do campo de visão das vítimas: coelhos, perdizes, javalis, patos bravos, pardais, codornizes.
Dedo no gatilho, e bota milho. Tudo o que mexer tem que ser seu. E lembre-se: a piedade é o pior inimigo de um caçador. Se tiver um bonito coelho albino na mira da sua espingarda e lhe vierem à tona sentimentos lamechas, lembre-se da música “Mãe, eu te amo mais do que à minha filha”, música-hino do FPC (Festival Pimba de Corroios). Dois segundos depois, o coelho albino não vai parecer tão fofo com uma chumbada bem no centro das fuças.
Deve conseguir pelo menos umas dez peças de carnes variadas. Já as tem? Reúna-as num saco de plástico de grandes dimensões, e dê-lhe um nó, tentando retirar-lhe o ar do interior. Siga para casa!
No caminho de volta, oiça uma boa ópera de Verdi, para descomprimir.
Chegado ao lar, guarde o saco com os animais que ai jazem em local fresco e seco. Durma umas horas.
Nota do Chefe: É possível que venha a ter pesadelos com o pequeno coelho albino a correr em slow motion pela pradaria ao som do hit acima mencionado. São ossos do ofício. Adiante...
No dia seguinte, dirija-se à farmácia mais próxima e adquira uma caixa de preservativos. Especifique à farmacêutica de serviço que deseja os maiores do mercado, tentando ostentar uma cara de macho bem dotado. Agradeça piscando-lhe o olho e corra para casa.
Retire as carcaças do saco e disponha-as sobre a mesa da cozinha. Tudo o que tiver bico e patas afiadas é para cortar. Só a chicha interessa. Quando todas estiverem neste ponto, abra a caixa dos preservativos, e um por um, vá enchendo com um surtido de bicharada, até ficarem bem recheados. Para acondicionar as carnes correctamente, de quando em vez pegue numa das extremidades do preservativo e arremesse-o com pancadas secas contra a parede. No final, acrescente em cada preparado um fio de azeite , uma rodela de paio e uma pitada de sal. Dê um nó duplo, de modo a que os impedidores de procriações fiquem perfeitamente fechados e guarde-os numa caixa metálica de biscoitos.
A caixa deverá ser mantida debaixo de uma luz de halogéneo durante três a quatro meses, altura em que as carnes estarão no ponto para ir ao lume.
Regue uma sertã com um fio de azeite, dois dentes de alhos partidos e frite os preservativos. Quando estes começarem a dar sinais de que vão explodir a qualquer momento (surgirão enormes bolhas de plástico ao longo de toda a sua superfície) retire-os e polvilhe com queijo parmesão ralado.
Sirva com arroz branco e certifique-se que não leva à boca nenhuma porção do anti-contraceptivo, sob pena de falecer intoxicado nos minutos seguintes.